Pesquisa indica que 85% dos motoristas do DF só freiam a 30 metros da fiscalização
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Camila Costacamila.costa@jornaldebrasilia.com.br
Aservidora pública Daniella Aquino de Barros, de 35 anos, pode ser considerada apressadinha no trânsito. Dirige acima da velocidade indicada para a via e só tira o pé do acelerador quando percebe a fiscalização eletrônica no trecho. E ela não é a única. Esse comportamento é mais frequente do que se imagina e reflete a ineficiência do sistema. Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Transportes da Universidade de Brasília (UnB) aponta que, assim como Daniella, 85% dos motoristas desaceleram apenas quando estão a cerca de 30 metros dos pardais e, depois de passar, 81% deles voltam a imprimir a velocidade superior à permitida.
De acordo com o estudo sobre o comportamento dos motoristas quando passam por pardais ou barreiras eletrônicas, nos trechos que antecedem e sucedem os equipamentos “ocorre variação de velocidade mais intensa tanto no processo de desaceleração quanto no de aceleração”. Acelerar após passar pelo pardal ou mesmo em trechos onde os equipamentos estão mais distantes, segundo o estudo, mostra que a eficiência do sistema é restrita e “não atua no sentido de coibir o emprego de velocidades mais elevadas”.
Para a engenheira mecânica Ana Carolina Leal Lisoski Duarte, autora da pesquisa, o resultado já era esperado. “Observava isso no trtânsito, no dia a dia. Além disso, materiais de estudo de outras cidades, como Fortaleza, serviram de base para confirmar um comportamento similar no DF”, explica Ana. O estudo ainda não foi concluído e, segundo a autora, deverá ter novas etapas. Mas ela já arrisca um palpite sobre a solução para melhorar a eficiência do sistema: “Há mais necessidade de educar o condutor do que punir”, avalia.
Acelerada
“Tenho o hábito de andar rápido, até em pequenos trechos, como ir à padaria. A questão é que sou acelerada em tudo e não consigo dirigir devagar. Em 2011, tive dez multas por conta disso”, relata Daniella. Conforme a pesquisa da UnB, boa parte dos motoristas busca reduzir o tempo de viagem até seu destino deslocando-se na maior velocidade possível. Como alternativa aos congestionamentos, muitas vias locais acabam sendo usadas para o tráfego de passagem. Entretanto, segundo Daniella, não existe um motivo específico para correr tanto no trânsito. “Familiares e amigos chamam minha atenção, mas isso é uma característica minha”, justifica.
Leia mais na edição deste sábado (07) do Jornal de Brasília.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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