Publicação: Segunda-feira, 06/02/2012 às 17:17:44 Atualização: 06/02/2012 às 18:02:52
Secretário de juventude replica mensagem que avisava sobre blitz em via do DF
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Neste domingo (5) o secretário de Juventude de Distrito Federal, Fernando Neto, publicou em seu Twitter duas mensagens que avisavam que estariam tendo blitze de trânsito em duas vias movimentadas da cidade. As mensagens foram retuitadas, ou replicadas, de um perfil que avisa aos seguidores onde há blitz e informações de trânsito. Na manhã desta segunda-feira, o secretário deletou os “tweets”.
Em entrevista ao portal ClicaBrasília, Fernando Neto afirmou que a divulgação das mensagens foi um descuido e que não imaginava que o ato geraria polêmicas. “O que aconteceu foi um descuido. Eu estava debatendo com amigos sobre essa relação que a rede social trouxe para a sociedade, sobre como é que a rede social contribui para a relação da sociedade como um todo. Em determinado momento entramos nessa discussão do perfis no twitter, se somos a favor ou contra, se ajuda ou atrapalha... Foi quando a mensagem apareceu na minha timeline e eu dei “RT”, foi bobeira, pra ver qual era a opinião das pessoas”, justifica.
Fernando afirmou ainda que chegaram a dizer que ele é contra a lei seca. Ele nega. “Eu sou a favor. Ano passado a secretaria fez diversas campanhas contra o consumo do álcool ao volante. Quem me conhece sabe que eu não bebo e não estimulo isso nem entre os meus amigos. Manipularam isso de forma desagradável”, continua.
Perfis em debate
No fim de janeiro a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal de Goiás pedindo a “suspensão imediata” de perfis do twitter que avisam sobre os locais onde há fiscalizações de trânsito como, por exemplo, blitze e radares eletrônicos. O pedido é feito especificamente para o Goiás, mas, dependendo da decisão do juiz, pode ser estendido para todo o país. A informação foi divulgada pela AGU nesta segunda-feira (6).
No pedido, o órgão afirma que a ação de alertar sobre as fiscalizações "agride diretamente a vida, a segurança e o patrimônio das pessoas em geral". Segundo o órgão, dispositivos do Código Penal e do Código de Trânsito Brasileiro são violados com a divulgação.
A AGU quer ainda, por meio de uma liminar, que as contas dos usuários em Goiás sejam suspensas mesmo antes da análise do mérito do pedido e que seja aplicada uma multa diária de R$ 500 mil no caso de descumprimento.
Os advogados da União sustentam que, além da importância que as fiscalizações exercem para reduzir o número de acidentes de trânsito, também servem para combater a prática de outros delitos graves, como o furto de veículos, porte ilegal de armas e tráfico de drogas.
O secretario que tuitou a frase afirmou que é a favor da ação da AGU, mas que há contrapontos. “Eu estou acompanhando essa ação da AGU e acho que esses perfis atrapalham porque o estado tem uma série de procedimentos que tentam impedir a ingestão do álcool no trânsito. A defesa da AGU é muito bem produzida e eu concordo, porém a gente tem outra discussão que é a liberdade de expressão pela internet. Você não pode inibir e nem vetar a necessidade que as pessoas têm de se relacionar. Sou a favor, é correto e coerente, mas tem uma série de debates em curso."
A ação da AGU foi proposta a partir de estudos produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apontam informações sobre acidentes e mortes no trânsito.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br com agências
Em entrevista ao portal ClicaBrasília, Fernando Neto afirmou que a divulgação das mensagens foi um descuido e que não imaginava que o ato geraria polêmicas. “O que aconteceu foi um descuido. Eu estava debatendo com amigos sobre essa relação que a rede social trouxe para a sociedade, sobre como é que a rede social contribui para a relação da sociedade como um todo. Em determinado momento entramos nessa discussão do perfis no twitter, se somos a favor ou contra, se ajuda ou atrapalha... Foi quando a mensagem apareceu na minha timeline e eu dei “RT”, foi bobeira, pra ver qual era a opinião das pessoas”, justifica.
Fernando afirmou ainda que chegaram a dizer que ele é contra a lei seca. Ele nega. “Eu sou a favor. Ano passado a secretaria fez diversas campanhas contra o consumo do álcool ao volante. Quem me conhece sabe que eu não bebo e não estimulo isso nem entre os meus amigos. Manipularam isso de forma desagradável”, continua.
Perfis em debate
No fim de janeiro a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal de Goiás pedindo a “suspensão imediata” de perfis do twitter que avisam sobre os locais onde há fiscalizações de trânsito como, por exemplo, blitze e radares eletrônicos. O pedido é feito especificamente para o Goiás, mas, dependendo da decisão do juiz, pode ser estendido para todo o país. A informação foi divulgada pela AGU nesta segunda-feira (6).
No pedido, o órgão afirma que a ação de alertar sobre as fiscalizações "agride diretamente a vida, a segurança e o patrimônio das pessoas em geral". Segundo o órgão, dispositivos do Código Penal e do Código de Trânsito Brasileiro são violados com a divulgação.
A AGU quer ainda, por meio de uma liminar, que as contas dos usuários em Goiás sejam suspensas mesmo antes da análise do mérito do pedido e que seja aplicada uma multa diária de R$ 500 mil no caso de descumprimento.
Os advogados da União sustentam que, além da importância que as fiscalizações exercem para reduzir o número de acidentes de trânsito, também servem para combater a prática de outros delitos graves, como o furto de veículos, porte ilegal de armas e tráfico de drogas.
O secretario que tuitou a frase afirmou que é a favor da ação da AGU, mas que há contrapontos. “Eu estou acompanhando essa ação da AGU e acho que esses perfis atrapalham porque o estado tem uma série de procedimentos que tentam impedir a ingestão do álcool no trânsito. A defesa da AGU é muito bem produzida e eu concordo, porém a gente tem outra discussão que é a liberdade de expressão pela internet. Você não pode inibir e nem vetar a necessidade que as pessoas têm de se relacionar. Sou a favor, é correto e coerente, mas tem uma série de debates em curso."
A ação da AGU foi proposta a partir de estudos produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apontam informações sobre acidentes e mortes no trânsito.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br com agências
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