Luiz Calcagno
Publicação: 24/02/2012 06:00Atualização: 24/02/2012 06:33
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Buraco na pista: serviço de má qualidade acaba em crateras |
A combinação de excesso de velocidade, pistas mal projetadas, além de campanhas educativas deficientes, torna a BR-020 a rodovia mais perigosa do Distrito Federal. Para se ter uma noção do desrespeito às leis de trânsito na estrada, um radar móvel da Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou, entre a entrada de Sobradinho e o Grande Colorado, em 70 minutos de fiscalização, 624 veículos acima do limite de 60km/h do trecho — o equivalente a mais de oito infrações por minuto. Caminhões, motocicletas, ônibus e carros passavam a mais de 100km/h no percurso, uma subida. Sem tempo para reduzir a velocidade, os motoristas limitavam-se a acenar e a buzinar para os policiais.
O número de tragédias registradas nos 56 quilômetros de pista no DF também preocupa as autoridades. No ano passado, 83 pessoas morreram na via, 22 a mais do que em 2010, quando a PRF levantou 61 mortes. O aumento é de 36%. Já o total de acidentes nos primeiros 30 quilômetros de via — o trecho mais arriscado — reduziu 3,18% no ano passado em relação a 2010. O balanço preliminar de mortes de 2012 não está fechado. Mas pelo menos oito vítimas perderam a vida na BR-020 entre janeiro e a primeira quinzena de fevereiro.
Para o inspetor da PRF Daniel Bonfim, a duplicação da pista estimulou o desrespeito aos limites de velocidade. Segundo ele, embora a quantidade de colisões frontais tenha caído, o excesso de confiança dos condutores contribuiu para a diferença nas estatísticas. “Os motoristas ficaram seguros e, por isso, dispersos. Correm mais. Só que, se há um imprevisto, a pessoa vai tentar desviar em alta velocidade, sai da pista e capota”, explica.
A matéria completa você na edição impressa do Correio Braziliense desta sexta-feira (24/02)
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