Morte no trânsito pode virar lei: Alessandro perdeu a vida após acidente
Ontem, colisão em Samambaia matou três pessoas da mesma família
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Manoela Alcântara
Publicação: 24/03/2014 06:05 Atualização: 23/03/2014 22:02
Família de Alessandro segura uma foto do estatístico: o acusado fugiu do local do acidente e só se apresentou à polícia 10 dias depois (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Família de Alessandro segura uma foto do estatístico: o acusado fugiu do local do acidente e só se apresentou à polícia 10 dias depois
Passaram-se dois meses e seis dias desde a data em que Sônia Amazonas, 63 anos, recebeu a pior ligação que uma mãe pode receber. A voz, do outro lado da linha, informava que o filho dela Alessandro Oliveira da Conceição, 36 anos, não voltaria mais para casa. Ele havia acabado de morrer em um acidente de trânsito a poucos metros da residência onde morava com os pais. Segundo testemunhas, no momento da colisão, o condutor do Volvo/ XC 60, que bateu no carro do rapaz, estaria a 180km/h. Além disso, o motorista nem sequer teria prestado socorro. Apesar dos relatos de pelo menos três pessoas, até hoje Sônia clama por respostas. “Meu filho não morreu em um acidente de trânsito: ele foi assassinado. A pessoa que fez isso continua nas ruas, sem sofrer qualquer punição, e nós fomos privados para sempre da presença dele”, diz.
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Para a dona de casa, a partir do momento em que o motorista assumiu o risco de dirigir em alta velocidade, aceitou também a possibilidade de matar. O acidente ocorreu à 1h da madrugada de 18 de janeiro deste ano. Boletins de ocorrência mostram que o acusado fugiu de um primeiro acidente, na altura do Zoológico de Brasília, cinco minutos antes. Uma mulher de 34 anos dirigia um Ford Fiesta quando foi atingida pelo Volvo em alta velocidade. O motorista não parou e logo depois bateu no carro de Alessandro, na rua que dá acesso à Candangolândia.
Na velocidade da via, o estatístico e consultor do Ministério da Educação dava seta para fazer um retorno. Após a colisão, o carro capotou e um poste caiu em cima do veículo. Alessandro morreu na hora. No inquérito policial, encaminhado à Justiça, a incidência penal é de “homicídio culposo na direção de veículo automotor”. Uma decepção para Sônia. “É homicídio doloso. Ele fugiu do local, destruiu o carro do meu filho e vai somente pagar cestas básicas. Está nas ruas. Pode matar mais alguém”, alerta.
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Tags: colisão alessandro acidente morte lei
FONTE:CORREIO BRAZILIENSE
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